quarta-feira, 3 de abril de 2013

T.C.B.P - Cap.4 - Você vai se tocar que não são mais pessoas...




                This Could Be Paradise - Cap. 4 - Você vai se tocar que não são mais pessoas...




                                                                Miley's P.O.V

 - Louis... Estou com medo. - sussurramos juntos Penny e eu assim que vimos que estávamos entrando em Londres, em outra situação teríamos rido, mas naquela não tinha graça alguma.
 - Eu também - falou de volta com uma expressão indecifrável.
 - Nossa Louis...! Você ajudou bastante - Jennete comentou sarcástica.
 - Deixem de besteira! É o seguinte: Os zumbis  veem, ouvem e cheiram, porém são muito burros. Vocês vão primeiro ouvi-los e depois vê los por causa do grunido estranho que eles fazem. Mas pelo amor de cristo não vão dar um grito e sair atirando feito um... um... um sei lá oque toda vez que uma arvore ranger.
  Depois de uns segundos me lembrei do dia em que nos estávamos assistindo um filme de terror e quando uma arvore rangeu eu gritei.
  Fiz uma careta e apontei para ele para confirmar só que ele se antecipou.
 - E sim, Miley, estou falando da quele dia.
  Oque estava acontecendo era tão estranho que eu chegava a ficar com vontade de vomitar só de lembrar da minha linda situação.
  Enquanto eu olhava oque sobrava da minha querida Londres eu ficava absorta em pensamentos. Era horrível ver o lugar dos sonhos (dos meus sonhos) cheio de carros batidos e de longe abandonados por pessoas que nem se deram ao trabalho de desligar o carro. Eu me virava de um lado para o outro procurando qualquer minimo sinal de vida de alguma pessoa. Na verdade, acho que oque eu queria mesmo era que do nada viessem um bando de pessoas sorridentes até mim dizendo: "Nossa, eu não acredito que você caiu nessa!". Mas com o passar do tempo em que eu andava pelas ruas tão vazias que tinham até aqueles galhos passando com o vento, eu percebi que... Por mais que eu quisesse acreditar que não, aquilo
era verdade. Uma triste e vazia verdade.
  Notei de longe uma pesso... um zumbi se arrastando até nos, me perguntei mentalmente se eu daria conta daquilo. Se eu seria forte o suficiente de sair por ai cortando cabeças e furando-as.


 - Deixa que eu faço... - pedi baixinho ajeitando a faca na mão esquerda.
  O zumbi era uma mulher, uma mulher que provavelmente morreu quando estava arrumada para ir a algum lugar. Ela vestia um vestido vermelho rasgado e ainda tinha um colar de ouro no pescoço, o colar estava sujo e respigado de algo vermelho que eu sinceramente não queria saber oque era (apesar de já saber).
  Ela se aproximava mais e mais, seus olhos me encaravam sem expressão alguma, suas mãos pairaram no ar querendo me tocar. Quando ela chegou a um passo de mim a impedi de me agarrar dando um passo para o lado, cerca de 1 segundo depois ela se virou para mim novamente e abriu a boca suja. Ergui a faca hesitante e procurei me concentrar no que fazer. Quando consegui mirar onde queria atingi-la comecei a chorar. Sim eu chorei e meio que sai correndo para o outro lado da rua. Louis terminou o meu "serviço sujo" e suspirando pesadamente veio ao meu encontro.
 - Miley...
 - Eu não consigo! Eu não consigo ta bom?! Eu sou burra ou... sei lá oque eu sou! Eu só não sei como! Pra mim ainda são pessoas Louis! - desatei a chorar mais ainda em seu ombro.
 - Você vai conseguir... - sussurrou - acredite, você vai se tocar que eles não são pessoas quando eles começaram a matar que você ama.
  Ergui a cabeça, por um segundo comecei a perceber que não estávamos mais falando de mim.
 - Eles vão matar os seus pais, depois as suas irmãs. Vão fazer isso na sua frente, sem hesitar vão simplesmente arrancar elas de seus braços e arrancar cada membro que eles tiverem. Você só vai conseguir fugir - continuou ele com o olhar encarando o nada - porque eles vão estar ocupados comendo as pessoas que você mais ama.
  A. meu. deus. As irmãs dele! Felicite, Lottie, Phoebe e Daisy! Eu esqueci completamente delas e dos pais dele!
 - Louis... Eu sinto muito...
 - Não, não sinta. Na verdade o melhor que você pode querer para a sua família é que eles estejam longe dessa porcaria de vida aqui!
[...]
  Quanto mais entravamos em Londres mais zumbis encontrávamos no caminho. Nos primeiros, Louis me olhava como se perguntasse se eu queria tentar, mas eu simplesmente abaixava a cabeça como uma covarde que eu era e ele o fazia. Até Penny e Jennete mataram alguns.
  Louis havia dito que estávamos chegando no nosso destino. Uma loja de armas que ficava escondida atrás de um pequeno supermercado.
  Eu me encontrava novamente cinco passos a frente dos outros que conversavam atrás de mim olhando para os "restos" dos londrinos. Voltei a realidade quando ouvi Penny perguntar baixinho:
 - Oque aconteceu com as pessoas Louis?
 - A maioria foram comidos por zumbis, e o resto são os zumbis que comeram a maioria.
  O silencio era tão grande que os passos que eu dava com a minha bota eram altos parecendo uma bateria. Ignorando o comentário idiota que eu acabei de fazer, observei coisas jogadas no chão ao lado de um carro. Caminhei até ele e me agachei para olhar melhor. Havia uma foto de um casal de namorados com o fundo de um parque coberto de neve. Virei a foto para olhar o verso e encontrei uma dedicatória de caneta azul "Margarite, lembra? Nosso primeiro encontro! Parece que faz tanto tempo não é? Já temos até um filho! Feliz Aniversario!". Fui mais além olhando dentro do carro da qual a porta estava escancarada. Lá encontrei pedaços de panos e respingos de sangue, agora, meu coração parou mesmo quando vi mais sangue no banco de trás em cima de uma cadeirinha de bebê. Cobri a boca com as mãos arfando. Em cima da cadeirinha também tinha um broxe de ouro com um pequeno simbolo com pedrinhas brilhantes com o simbolo do infinito. Peguei o broxe e um carrinho de borracha que encontrei no banco.
 - Solta isso Miley! - Jennete me repreendeu.
  Deixei o carrinho onde encontrei mais o broche guardei no bolso.
[...]
 - Chegamos - Louis gemeu quando nos deparamos com uma rua enfestada de zumbis.
 - Ta de brincadeira! - Penny choramingou junto.
  Eu fiquei caladinha no meu canto enquanto, escondidos atrás de um telefone publico, Jennete e Louis decidiam oque íamos fazer para chegar no meio da rua em um estabelecimento de madeira.
 - Vocês não estão com medo? - Penny perguntou indignada.
 - Estamos - Jennete respondeu sem dar muita atenção.
 - Não parece. - falei baixo, mas alto o suficiente para todos ouvirem.
 - É que ao contrario de vocês, nos queremos sair logo daqui - Louis revirou os olhos.
 - Ok, precisamos de uma isca! - Jennete concluiu e Louis concordou assentindo e se virando pra mim.



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  Hey Cupcakes! Tudo bem? Mais um capitulo que fiz com muito carinho! Olha oque eu respondi pro meu primo idiota: http://www.facebook.com/photo.php?fbid=434107646677031&set=a.418677401553389.101895.100002333984907&type=3&theater
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